A Câmara Municipal de Alto do Rodrigues está prestes a desembolsar uma quantia expressiva para serviços advocatícios neste ano. Mesmo já contando com um assessor jurídico interno, a Casa Legislativa decidiu contratar dois escritórios particulares para prestar consultoria em diferentes áreas, elevando os custos com assessoria jurídica a mais de R$ 300 mil.
Um dos contratos foi firmado com o escritório Mariana Martins Sociedade, que ficará responsável por prestar assessoria sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) na Câmara. O valor do contrato chama atenção: R$ 84 mil apenas para garantir a adequação da Casa às normas de proteção de dados.
Outro contrato de peso foi assinado com o escritório José Fábio Sociedade Individual, que atuará na área de licitações públicas. O custo desse serviço também não é pequeno: R$ 83.600, uma despesa considerável para os cofres públicos, especialmente em um município que enfrenta desafios em diversas áreas essenciais.
Além dessas contratações externas, a Câmara já possui um assessor jurídico interno, cujo salário mensal é de R$ 4.916, totalizando mais de R$ 59 mil por ano. Isso levanta questionamentos sobre a real necessidade de contratar novos serviços advocatícios, uma vez que há um profissional permanente à disposição da Casa.
Diante desse cenário, surge a dúvida: por que tantos gastos com assessoria jurídica? O montante investido poderia ser destinado a outras áreas mais urgentes do município, como saúde, educação e infraestrutura. A população, que paga impostos e espera um uso responsável dos recursos públicos, merece uma explicação clara sobre a necessidade dessas contratações.
A Câmara Municipal de Alto do Rodrigues precisa prestar contas e demonstrar a transparência desses gastos. Afinal, são recursos públicos que devem ser utilizados com critério e responsabilidade. O alto investimento em consultorias externas gera um debate legítimo sobre prioridades e gestão eficiente do dinheiro público.

